Vanguarda Russa


Movimentos estéticos-políticos russos séc.XX

 

 

 

Abaixo segue uma pequena homenagem a vanguarda russa, movimento artístico que rompeu as fronteiras da Arte e produziu uma estetização do mundo, não mais centrada nos cânones da belas-artes renascentista. 

Historicamente falando, a vanguarda russa foi um movimento estético-político iniciado na Rússia a partir de 1910 e permanecerá, mesmo com diversos conflitos em seu percurso, durante todo o período soviético.

 

 

A variedade de linguagens artísticas e mesmo sua reformulação formal, desde a pintura, escultura, poesia, fotografia, aos produtos industriais, têxtil e domésticos, fará com que sua influência persista até os dias de hoje, em menor ou maior grau, na arquitetura, no design, na tipografia, na edição, no cinema, na propaganda etc. Esta nova mudança de perspectiva, negando uma arte puramente especulativa e obra de gênios, procurou abolir a ideia de que a arte é um elemento especial da criação humana, separada do mundo cotidiano. A arte, inspirada pelas novas conquistas do revolucionário Estado Operário  – é bom lembrar!, deveria se inspirar nas novas perspectivas abertas pelas técnicas e materiais modernos servindo a objetivos sociais e a construção de um mundo socialista. O termo a que se convenciou chamar este movimento foi construtivista, introduzido pela primeira vez pelo pintor Kazimir Severinovich Malevich para descrever o trabalho de Alexsandr Rodchenko em 1917, uma das grande figuras do início da vanguarda russa. 

Artistas 

Wassily Kandinsky (Moscou, 1866 – Neuilly-sur-Seine, 1944)


 

Wassily Kandinsky é talvez o mais famoso pintor russo dessa lista, por isso começamos por ele; é também o mais velho dessa lista, e, sem dúvida, marcou os pintores que povoaram esse momento de efervescência artística russa que foram as primeiras décadas do século passado. Kandinsky foi um dos precursores do que conhecemos como arte abstrata do século XX.  Estudou música, desenho, direito e economía, até abandonar sua carrera e dedicar-se à pintura. O que o moveu nesse ato de mudança foram os afetos provocados por los quadros de Claude Monet ao visitar exposição sobre o impressionismo francês em 1985. Migrou para Munique, onde estudou primeiro com o pintor Anton Azbé e depois na Akademie der Bildenden Künste. Em 1901 forma uma associação e escola de arte chamada Phalanx, onde conhece a pintora Gabriele Munter, amante e colaboradora pelos próximos anos. Entre 1906-1907 se muda para Paris. 

Podemos destacar duas influências que o conduzem à arte não objetiva: a leitura do historiador da arte Wilhelm Worringer em 1909 e a música de Arnold Schönberg. Kandindky, preocupado pelo materialismo da modernidade, encontrava na abstração um caminho para a liberação do homem. Junto a Franz Marc publica o almanaque Der Blaue Reiter que reunia um grupo variado de artistas. Nos seus escritos, Kandinsky afirmava uma função mística para a arte, a abstração tinha que responder a uma força interna do artista, não tinha que ser uma representação da realidade. Podemos encontrar suas idéias sobre a arte nos livros “Do espiritual na arte” (1912) e “Ponto e linha sobre o plano” (1926). 

Podemos talvez categorizar três tipos de obras produzidas entre 1910 e 1914: as impressões (inspiradas na natureza), as improvisações (expressões de emoções internas) e as composições (de grande rigor compositivo, mesmo que basadas na pura intuição). Encontramos em muitos desses quadros linhas negras junto às cores vivas e às formas geométricas. 

Em 1914 volta para Moscou e, assim como a maioria dos artistas, se dedicou a educação. Foi um membro importante da Comissão de Educação Popular. Uma vez que o realismo socialista se impõe como estética dominante, deixa Moscou e volta para a Alemanha, onde se converteu num dos colaboradores mais importantes da Bauhaus de Weimar. Quando a Bauhaus fechou suas portas, e Hitler subiu ao poder, Kandinsky fugiu para Paris, onde pintou seus quadros talvez mais abstratos.  

 

 

Obras:

 

Aleksandr Rodchenko (São Petersburgo, 1891 – Moscou, 1956)


 

Rodchenko foi um dos maiores designers gráficos de todos os tempos. Ele abriu caminho para os espaços gráficos, inventou a fotomontagem moderna e seu trabalho fotográfico foi muito significativo. Testemunha privilegiada de uma época e de uma sociedade russa em processo de recomposição após a revolução de outubro de 1917, junto com outros artistas, promoveu a propaganda do regime soviético. Ainda no espírito esperançoso do começo da Revolução, vendo o renascimento social voltado para um mundo melhor, ainda estava muito longe de ter descoberto as valas comuns de Stalin e o Gulag – campos de trabalho forçado. A amada sociedade russa prosperou exclusivamente na esperança de um novo mundo. Os artistas foram, então, convidados a participar da construção do homem novo, do pioneiro, reestruturado, para não dizer re-formado.

Rodchenko foi influenciado por Kazimir Malevich, Vladimir Tatlin, Wassily Kandinsky e outros artistas que trabalharam em estilo abstrato. Foi aluno e assistente de Vladimir Tatlin, e seu trabalho foi inicialmente influenciado pelo cubismo, depois pelo cubo-futurismo. Seus primeiros desenhos e pinturas seguiram os desenvolvimentos do Brutalismo e do Futurismo. Ele trabalhou com uma ampla variedade de mídias como decorador, designer de móveis e teatro, impressor, pintor, escultor e fotógrafo. Após a Revolução Russa de 1917, Rodchenko se juntou aos bolcheviques. Ele acreditava em novas oportunidades para a arte e se tornou ativo em muitas aplicações de arte, ilustração, designs comerciais e fotografia. Em 1921, Rodchenko substituiu Wassily Kandinsky como presidente do Instituto Estadual de Cultura Artística (INKHUK) e presidente do Bureau de Museus e da Comissão de Aquisições de Arte do Estado Russo. Em 1921, ele co-escreveu o Manifesto do Construtivista. Ele colaborou com o escritor e ator Vladimir Mayakovsky, o diretor Vsevolod Meyerhold, o compositor Dmitri Shostakovich, o cineasta Dziga Vertov e muitos outros.

 

Obras:

 

Kazimir Malevich (Kiév, 1889 – São Petersburgo, 1935)


 

Malevich foi um dos representantes mais conhecidos dessa vanguarda. Se dedicou a pintura e criou uma corrente chamada suprematismo. O suprematismo buscava atingir uma “supremacia da sensibilidade pura” na arte. Era por meio da abstração geométrica que se lograva tal objetivo. Sua obra “Quadro negro sobre  fundo branco”, exposto em 1915, é um ícone desse momento suprematista de Malévich. Antes, passa pelo impressionismo – algo recorrente em toda vanguarda –, primitivismo, simbolismo, fauvismo, cubismo e futurismo, para poder desenvolver esse arte experimental y original. 

Depois da Revolução Russa de 1917, Malevich se converte num membro ativo da Revolução e passa a dedicar-se a docência. Um pouco antes da sua morte, volta a pintar quadros figurativos por uma pressão do governo de Stálin. A estratégia de Malevich para driblar as autoridades soviéticas foi datar seus quadros não figurativos com datas anteriores.

 

Obras: 

 

 

Varvara Fyodorovna Stepanova (Kovno 1894 – Moscou 1958)


“A composição é a aproximação contemplativa do artista. A tecnologia e a indústria confrontaram a arte com o problema da construção como um processo activo, e não reflectivo. A inviolabilidade de um trabalho como entidade singular foi destruída. O museu que fora o santuário da arte está agora transformado num arquivo.”

Como muitos artistas dessa vanguarda, Stepanova experimentou com os mais diferentes materiais, realizando sua arte nas mais diferentes áreas: pintura, design gráfico e têxtil, fotografia, produção cenográfica, etc. Estudou na Escola de Belas Artes de Kazán, onde conheceu a Alexander Rodchenko, seu companheiro de vida e criação. 

Depois da Revolução de Outubro se dedica a realização do projeto de uma arte voltada para as massas, como seus desenhos para roupas que logo se comercializava. Suas obras plásticas da década de 1920 são invadidas pelas pelos valores pictóricos geométricos, demonstrando a influência do espírito positivista que compartihavam os russos nessa primeira etapa do socialismo soviético.

 

Obras:

 

 

Vladimir Tatlin (Járkov, 1885 – Moscou,1953)


 

Ao contrário de Malevich, Tatlin pensava uma arte completamente voltada para a sociedade. Foi um dos principais representantes do construtivismo russo, da crítica a arte como produção individual, fechada num museu e produto de um “gênio”. Tatlin defendeu uma arte soviética que deveria se diluir e infiltrar a vida cotidiana. Por isso, a estética passa a integrar a produção desse novo mundo soviético por meio da arquitetura, escultura, engenharia, desenho industrial, propaganda, moda, etc. 

Antes da consolidação do seu propósito revolucionário, Tatlin teve influências do cubismo e do futurismo, foi bastante influenciado pela obra de Picasso depois de uma visita ao seu estúdio em Paris em 1913. 

É justamente depois da Revolução Russa que Tatlin dá um giro na sua obra: seu trabalho vai ser completamente dirigido por essa ideia do artista criador de um novo mundo, de uma nova existência soviética. Um dos seus projetos mais famoso é o Monumento à Terceira Internacional, uma torre giratória maior que a Torre Eiffel, feita de aço e cristal, mas que nunca saiu do papel por motivos financeiros. 

Junto a Rodchenko, dirigiu uma das primeiras escolas de design do mundo, os Vakhutemas (Oficinas Superiores Artísticas e Técnicas do Estado). Rodchenko e Tatlin aceitam esse desafio de fazer da arte uma transformação social assumindo a direção dessa nova política cultural. Motivados por esse propósito se dedicam a dar aulas, a educar essa população russa para o desenvolvimento desse projeto cultural.     

No final da sua vida investiga sobre o voo dos pássaros e tenta realizar o sonho de voar. Chega a construir uma máquina voadora chamada Letatlin. 

 

Obras: 

 

 

Natalia Goncharova (Negaievo, 1881 – Paris, 1962)


Pintora, ilustradora, desenhista, escritora, designer de moda, cenógrafa, figurinista, Goncharova é sem dúvida uma das referências femininas mais importantes da vanguarda russa.   

Começou seus estudos artísticos (escultura) na Escola de Pintura, Escultura e Arquitetura de Moscou. Conhece aí Mijaíl Lariónov quem será seu companheiro até o final da vida. Foi fundadora do grupo Jack of Diamonds, mas rompe com o grupo e funda um movimento mais radical, junto a Lariónov, chamado Donkey’s Tail. A partir de 1912, a influência do cubismo e do futurismo na sua obra começam a ficar evidentes. Funda também com Larinóv uma corrente conhecida como raionismo. Foi conhecida na Europa ocidental principalmente pela sua participação no grupo avant garde Der Blaue Reiter, onde trabalhou com o famoso produtor Sergei Diaghilev, sendo responsável do desenho do cenários para peças de teatros e balé. 

Se mudou com Lariónov a Paris em 1921 onde viveu até sua morte em 1962. 

 

Obras: 

 

 

 

Mijaíl Laurinóv (Tiraspol, 1881 – Fontenay-aux-Roses, 1964)


Estudou pintura entre 1898-1910 na Escola de Pintura, Escultura e Arquitetura de Moscou, onde conhece Natalia Goncharova. Funda junto com ela, o grupo Jack of Diamonds e posteriormente Donkey’s Tail. 

Criam também juntos o raionismo. Essa corrente aparece em 1913, junto a manifestos escritos pelo próprio Lariónov, na exposição Target em Moscou. Mas Larionov já vinha desenvolvendo a teoria desde antes, talvez tendo importância a influência das obras de William Turner a partir de 1906, que o deixaram fascinado pela maneira de representar a luz própria dos quadros de Turner. O método do raionismo será o seguinte: se pinta entre as linhas inclinadas, parecidas aos raios de luz. Nos quadros raionistas encontramos uma composição de linhas sempre inclinadas, raios de luz disparando para todos os lados. 

As pinturas de Lariónov tem influências do impressionismo, fauvismo, neo-primitivismo, e também com o cubismo, o futurismo e o orfismo.

Lariónov também participou da produção de cenários e figurinos para as obras de Sergei Diaghilev, momento em que deixa a pintura e Rússia para ir morar em Paris com Goncharova. Retoma a pintura depois da morte de Diaghilev em 1929, mas sem muito sucesso. Morre em 1964, dois anos depois de Goncharova.     

 

Obras: 

 

 

 

 

Liubov Popova (Ivanovskoe, 1889 – Moscou, 1924)


A pintura de Popova tem influência do impressionismo, cubismo e futurismo. Participou das importantes exposições de Jack of Diamonds e Donkey’s Tail, assim como das mostras futuristas Transvia V e 0.10 A última exposição futurista de pintura. 

A partir de 1916 é notável a influência do suprematismo de Malevich nas suas séries de pinturas não objetivas como Arquiteturas pictóricas. 

Depois da revolução de 1917 participa ativamente da construção desse novo mundo soviético através da construção de uma nova arte e cultura. A partir de 1921 renúncia a obra de cavalete pelo seu caráter burguês, e consequentemente se dedica a produção têxtil e gráfica por representar uma arte de caráter utilitário e voltado para a vida.    

Morre jovem, aos 35 anos de escarlatina.

 

Obras: 

 

 

Aleksandra Eksler (Belostok, 1882 – Fontenay-aux-Roses, 1949)


Aleksandra Eksler era um tipo de transmissora das novas ideias artísticas da Europa ocidental no seu país. Depois de estudar arte em Kiev, se muda para Paris em 1908, onde vai estar em contato com Pablo Picasso, Guillaume Apollinaire, Max Jacob e Fernand Léger. Adota assim o cubismo como estilo, mas também não deixa de lado o futurismo de Marinetti e o interesse em representar o movimento e o ritmo. Nessa época que vivia em Paris, ia e vinha da Rússia, o que fazia uma grande influência na transmissão e propagação das vanguardas francesas e italianas na Rússia. A partir de 1914 volta ao seu país e influenciada pelo suprematismo de Malevich começa a desenvolver suas obras de caráter não figurativo.    

Também inovou no teatro, com uma modernização cenográfica que dinamizou os cenários, figurinos e iluminação.

E por mais que estivesse ligada a produção cultural e artística desse momento, sendo participe das exposições mais importantes do momento, nunca se declarou de nenhum grupo.  

 

Obras: 

 

 

El Lissitski (Pochinok 1890– Moscou 1941)


Lazar Lissitski foi pintor, desenhador, arquiteto, fotógrafo, editor, publicitário, etc., talvez sua contribuição mais representativa sejam as séries de Prouns, que, segundo o artista, eram um estado intermediário entre a pintura e a arquitetura. Nesse afã de integrar arte e vida cotidiana, sua colaboração para o campo da arquitetura e do desenho gráfico é de reconhecida importancia. 

El Lissitzky é de familia judia, compartia o espíritu dessa vanguarda que acreditava que a arte conduzia ao cambio social. Teve claramente uma influencia de Malevich e o suprematismo, suas obras são consideradas importantes referências da abstração russa.  

Em 1921 foi trabalhar nos Vakhutemas (Oficinas Superiores Artístico-Técnicos) e é considerado um artista que liga o suprematismo ao construtivismo, e além de tudo, esses movimentos as vanguarda européias devido suas constantes viagens a Europa Ocidental. 

   

Obras: 

 

 

 

De Stijl – foi um grupo de pintores, arquitetos e designers holandeses que fundaram uma associação de artistas e um jornal com esse nome na cidade de Leida em 1917, Holanda. Os membros fundadores foram o pintor e teórico da arte Theo van Doesburg, os pintores Piet Mondrian e Georges Vantongerloo, os arquitetos Robert van ’t Hoff, J. J. P. Oud e Jan Wils, os pintores Vilmos Huszár e Bart van der Leck, bem como o poeta Antony Kok.

 

 

 

 

Vakhutemas – Vkhutemas (em  russo : Вхутемас,  acrónimo  para Высшие художественно-технические мастерские Vysshiye Khudojestvenno-Tekhnicheskiye Masterskiye (Escola Superior de Arte e Técnica) foi uma escola artística e tecnológica estatal Russa fundada em 1920 em  Moscou. A instituição foi estabelecida por decreto de Vladimir Lenin com a finalidade de, nas palavras do governo Soviético, “preparar artistas com a mais alta qualificação para a indústria, e construtores e gestores para o ensino técnico-profissional.” O corpo da escola era composto por 100 membros e frequentada por 2500 alunos. A Vkhutemas formou-se através da fusão de duas escolas existentes: a Escola de Pintura, Escultura e Arquitetura de Moscou e a  Escola Stroganov de Artes Aplicadas. A instituição possuía as faculdades de artes e de indústria: a faculdade de artes lecionava cursos em artes gráficas, escultura e arquitetura, enquanto a faculdade de indústria lecionava cursos em impressão, têxtil, cerâmica, marcenaria e trabalho em metal. Foi um centro para três dos maiores movimentos artísticos da vanguarda russa na arte e arquitetura.

 

 

 

 

Bauhaus – A Staatliches Bauhaus, comumente conhecida como Bauhaus, foi uma  escola de arte vanguardista na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo. A escola foi fundada por Walter Gropius em 12 de Abril de 1919. A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura, artesanato e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali. A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial. A Bauhaus tinha sido grandemente subsidiada pela República de Weimar. Após uma mudança nos quadros do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naquele momento era de esquerda. Uma nova mudança ocorre em 1932 , para  Berlim, devido à perseguição do recém-implantado governo nazista . Em 1933, após uma série de perseguições por parte do governo nazista, a Bauhaus é fechada, também por ordem do governo. Os nazistas opuseram-se à Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que não seguisse sua orientação política. A escola foi considerada uma frente comunista, especialmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali.

 

 

 

Obras. Separamos cinco temas: Tipografia, Desenho industrial, Triádica ballet (ver também materias audiovisual), Oficina Vakhutemas e Pintura.

 

 

TIPOGRAFIA: 

 

 

 

DESENHO INDUSTRIAL: 

 

 

 

 BALÉ TRIADRÍCO: 

 

 

 

OFICINA VAKHUTEMAS: 

 

 

 

PINTURA: 

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